Nossos Vinhos Portugueses. Paulo Queiroz, setembro 1, 2020agosto 8, 2023 Já é tradicional um encontro mensal com meus amigos Alcir, Sergio, Jerome e José Aurélio. O da noite passada teve como tema Portugal e aconteceu no Restaurante A Bela Cintra em São Paulo. O Alcir sugeriu 6 vinhos e juntos escolhemos dois. O José Aurélio, como sempre muito generoso, trouxe mais dois vinhos e um terceiro como presente ao Alcir. A noite foi muito divertida com papos interessantes, mas devo admitir que as conversas foram mais engraçadas do que o normal. O jantar foi um mix com petiscos portugueses de entrada, bacalhau “Nunca Chega” e “Arroz de pato”, este último estava espetacular. Vamos aos vinhos: O primeiro vinho da Noite foi o Quinta do Alqueve 2003, e logo na abertura dos trabalhos o vinho arrasou. Um blend de Touriga Nacional com Shyrah. Um vinho de meio corpo, com toques de caramelo e ameiaxa, com taninos um tanto agressivos, daquele que “arreganham os dentes” como comentou o Zé Aurélio. Eu pessoalmente adorei o vinho que tinha bons toques de carvalho e muita personalidade. Feito no Ribaltejo. Quinta do Alqueve 2003 O segundo vinho da Noite era um Crasto Touriga Nacional 2005. Um vinho de muita personalidade, um estilo de Bordeaux em um português. Segundo o Zé Aurélio, um vinho produzido com vinhas velhas. Eu gostei do aroma de tabaco do vinho. Acho que ele merecia um tempo maior no decanter para soltar todos os sabores. Este vinho não é produzido todos os anos, mas apenas nos anos onde a produção é muito especial. Feito com vinhas com pelo menos 25 anos. Quinta do Crasto 2005 Nesta altura, já animados começamos o jantar e chamamos o Quinta do Monte d’Oiro 2004. Esse vinho produzido por José Bento dos Santos que usa 94% de Syrah e 6% de Viognier agradou a todos sem exceção. Seu buquê é esplendoroso. Eu inventei de dizer que o vinho estava um pouco exagerado e tomei vaia de todos. Mas realmente ele era tão marcante e poderoso que pensei talvez em deixar descansar um pouco, mas nem deu tempo, a garrafa desapareceu rapidamente. Quinta do Monte d'Oiro Na segunda metade do jantar quando chegou arroz de pato, abrimos o Chryseia 2004, um vinho espetacular, já retratado aqui no NOSSO VINHO. Chryseia só é preparado nos melhores anos, nos demais somente o Post Scriptum é engarrafado. O Chryseia é elaborado principalmente a partir das castas Touriga Nacional e Touriga Franca , mas também usam a Tinta Roriz, Tinto del País, Tempranillo e a Tinto Cão. O vinho é produzido na cidade de Pinhão na moderna Quinta do Sol. As uvas são vinificadas separadamente de depois unidas. Chryseia é uma associação da família Symington e Bruno Prats, este ex-proprietário da Cós d’Estournel. O Jantar já estava no fim quando Alcir e Zé Aurélio resolvem abrir a 5a garrafa da noite: Cedro do Noval 2004. Outro exemplar do Douro, muito especial. Tradicional produtor de vinhos do Porto a Quinta do Noval produz esse vinho tinto de classe mundial, muito elegante, aromatico e com boa presença de maderia, um blend de 70% Touriga Nacional, 20% Tinta Cão, 10% Touriga Francesa. Cedro do Noval Ufa, acho que exageramos para uma quarta-feria a noite. Mas foi muito divertido. A próxima noite espero que seja Italiana. Tinto Vinhos José Auréliovinhos portugueses