O Estranho vocabulário dos degustadores de vinho. Paulo Queiroz, setembro 1, 2020agosto 8, 2023 Last Updated on agosto 8, 2023 by Paulo Queiroz Quando lemos ou mesmo escrevemos sobre vinho, em uma degustação, muitas vezes surgem absurdos, palavras que criam estranheza e que você jamais poderia imaginar que encontraria na descrição de um vinho. Na verdade muita gente “inventa” essas coisas absurdas e com certeza eu mesmo já escrevi bobagens aqui no NOSSO VINHO. Para tornar a descrição do vinho um pouco mais técnica vou listar aqui alguns termos utilizados em uma avaliação. Eles foram retirados da Enciclopédia Larousse do Vinho e sua descrição foi minimamente adaptada por mim. Ácido ou Acidez: Indica o frescor e a vivacidade do vinho e ajuda a prolongar as sensações do sabor. Para caracterizar a acidez de um vinho você pode encontrar termos como: macio, fresco, vivo, rasgante. Adstringência: vem dos taninos, substância que dá a sensação de secura, encontrada nas cascas das uvas tintas e também na madeira do carvalho. Agressivo: Um vinho exagerado, seja em acidez ou em álcool. Amadeirado: Um vinho que carrega odores de baunilha, cedro, caramelo, pão tostado, vem dos barris onde o vinho foi envelhecido. Amanteigado: Esse é um odor associado aos vinhos com a uva Chardonnay, quando envelhecidos em barris de carvalho. Amendoado: Odor encontrado comumente nos vinhos brancos da Borgonha, quando amadurecidos pelo tempo. Austero: Indica vinhos com alto teor de taninos e álcool que precisa de tempo para amadurecer. Aveludado: Vinho que na boca nos da a sensação de maciez, bom gostoso. Cassis: Este é um odor associado aos vinhos com Cabernet Sauvignon. Carnoso: Um vinho que enche a boca e dá uma sensação de plenitude, vinhos tintos. Cedro: Esse odor de cedro vem dos vinhos tintos envelhecidos em barris novos de carvalho. Cheio: Um vinho com muitas qualidades gustativas, bem amplo, encorpado. Condimentado: Um vinho com odores de pimenta e temperos. Mais comum no Rhone, mas hoje em dia muitos vinhos tintos do novo mundo também tem essa característica. Eu sempre me refiro a vinho com aroma de especiarias. Corpo: É a sensação de peso que o vinho causa na boca. Curto: Um vinho que não tem persistência de sabor no final. Acho isso muito chato. Defumado: Odor ou gosto de vinhos com Sauvignon Blanc e tintos do Vale do Rhone. Outro dia fiz a besteira de escrever que o vinho tinha aquele gosto de “fumaça”. Elegante: É um vinho com muita intensidade, mas que não é pesado ou agressivo na boca. Uma característica muito apreciada. Equilbrado: Quando os elementos de odores, sabores, acidez, madeira, se equilibram, sem que algum deles se sobressaia. Final: É o gosto que continuamos a sentir mesmo depois de engolir o vinho, algo que persiste e também podemos nos referir a um vinho longo. Firme: Um vinho de grande qualidade de sabores e aromas, mas equilibrado. Fresco: Um vinho com leve dominância ácida e frutada. Frutado: O vinho que exala fruta, e podem ser muitas, como cereja, framboesa, abacaxi, pêssego, dependendo se tintos ou brancos. Chamamos de frutado o vinho com grande predominância de fruta no aroma e sabor. Generoso: Rico em álcool, mas sem exagero. Gordo: (eu nunca usei este termo), um vinho suculento e opulento. Herbaceo: Vinho que no aroma e sabor exala plantas verdes. Macio: Suave e fácil de beber sem ser insípido. Nervoso: Com uma forte acidez, porém agradável, muitos vinhos da Toscana e Umbira são assim. Sobretudo em função da Sangiovese. Rústico: Um vinho que não é equilibrado, sem refinamento, forte em um ou mais aspectos. Também gosto um pouco de alguns vinhos rústicos. Terroso: Que lembra terra úmida no odor e no paladar. Compartilhe isso:Facebook18+Curtir isso:Curtir Carregando... Relacionado Artigos