Exacorte Bettú Paulo Queiroz, setembro 1, 2020agosto 8, 2023 Nesta semana da Cultura Brasileira estamos agrupando 12 vinhos, 12 artistas plasticos com suas obras e 12 músicas. Agora é a vez do Exacorte Bettú, um vinho artesanal da Serra Gaúcha. A história desse nome foi contada pelo próprio Vilmar Bettú em entrevista ao Bruno Agostini do ENOTECA. Quando dei este nome ao vinho estava pensando na Resolução número 10 da décima quinta conferência Geral de Pesos e Medidas realizada em 1975, na cidade de Genebra. Exacorte BettúNa referida conferência ficou estabelecido que no SI (Sistema Internacional de Unidades) o prefixo EXA, simbolizado por E, adaptado arbitrariamente, do grego “héks” que significa multiplicado por 10 na potência 18 (1.000.000.000.000.000.000). Portanto o prefixo exa indica um número muito grande. Era este o significado que eu dei quando chamei o vinho de HEXACORTE. Na realidade deverei chamá-lo de EXACORTE. A justificação para este nome é a seguinte: Ao elaborar os vinhos sempre necessito que haja um volume superior à capacidade do recipiente. Não conheço o rendimento, portanto, sempre esmago uma quantidade de uva que me forneça uma quantidade de vinho superior ao volume do recipiente que utilizarei para guardar o vinho. O resultado disto é que sempre sobra uma quantidade de vinho, o qual é posto em garrafões de 5 litros. Estes vinhos recebem os mesmos cuidados que os demais e no final da safra são colocados num único tanque. O resultado é que neste tanque estão vinhos de no mínimo 25 vinificações e 15 variedades de uva. Fiz isto em 2001, 2002, 2003 e 2004. No início de 2008 resolvi fazer um corte com estes 4 vinhos que são um resultado de aproximadamente 100 vinificações, 25 variedades e 4 safras diferentes. Ao procurar um nome que definisse este exagero lembrei-me do prefixo EXA, infelizmente cometi o grave erro da grafia. O nome do vinho será EXACORTE” A familia Bettú migrou da lombardia para a Serra Gaucha no século XIX. Assim que experimentar o vinho darei minha opinião. Vamos ver se encontro aqui em São Paulo. O artista deste post é Carlos Bracher, pintor, desenheista e escultor. A musica é Lá vem a Baiana de Dorival Caymmi, na voz de Jussara Silveira. Carlos Bracher Tinto Vinhos Cabernet SauvignonCarlos BracherSemana da Cultura BrasileiraSerra Gaucha